Imagine - Harry Styles /capítulo 4

  Chegando em casa, já eram 6:00 horas, nós fomos assistir TV, cantamos (o tio Marcos até que tem uma voz legal), jogamos vídeo game na sala de jogos, e quando já era 9:00 da noite, fomos jantar pizza; estava tão, mais tão boa que eu comi 3 pedaços. Marcos foi para seu quarto descansar, e Anna foi pro meu quarto conversar comigo, mas a cara dela não estava animada como sempre esteve.

       -Lise, eu sei que isso que eu vou dizer vai ser meio tenso, mas eu preciso desabafar; quando eu me sinto culpada por alguma coisa muito ruim, eu vou pro parque daqui da frente de madruga e começo a chorar... –Anna parou de falar, e os olhos delas começaram a encher de água, e escorreu uma lágrima pelo seu rosto.

       -Olha Anna, se não quiser continuar, tudo bem... –Eu disse e ela me interrompeu.

       -Mas dentro da minha bolsa eu levo um estilete... –Ela disse chorando, e eu a interrompi.

       -Não, por favor, não diga que...

       -Sim, eu me corto. –Foi uma das confissões que me deixou mais revoltada e sem palavras.

       -Não Anna, isso não está certo, você primeiramente tem que confirmar se você é a culpada pela situação, se for, procure conversar com seu pai, eu sei que ele entenderá, e te dará apoio, busque soluções para esse problema, em vez de se cortar. Você já pensou que você poderia estar se mutilando por uma coisa que você não fez? Pense no que o seu ídolo pensaria de você se continuar fazendo isso, pense o que o Niall pensaria de você. Tenho certeza de que ele não gostaria que você fizesse isso, e ninguém gostaria. –Tentei convence-la de que o que ela estava fazendo era errado.

       -Mas Lise, não é fácil, você não sabe que eu brigo todos os dias com meu pai, e não tenho coragem para amenizar a situação, assim eu não posso falar de meus problemas para ele, eu me sinto totalmente culpada por brigar todos os dias com ele. E o único remédio que eu tenho para essa dor, é acabar com ela com dor de arrependimento do que eu faço todos os dias. –Confessou Anna.

       -Mas Anna, se cortar não amenizará seus problemas com seu pai, e nem com as outras pessoas, só te causará mais dor e sofrimento. Você pensa que à cada briga, é um corte, e assim acabará os problemas. Mas não é, fazer isso é inconveniente; eu sei que sabe que isso não acabará com os problemas, só te fará sentir mais dor e culpa. –Eu disse sendo sincera. –Amanhã, eu vou resolver isso pra você, apenas me deixe fazer o que é preciso. Confie em mim, não decepcionarei. Apenas lhe peço uma coisa; pare de se cortar, para sempre, sem volta, e esqueça de que fez isso.

       -Mas Lise, eu não quero que você se envolva com meus problemas, isso é coisa minhas, e eu não quero mais um problema. -Implorou.

       -Apenas deixe-me consertar as coisas, não vou decepcionar. Acredite em mim. –Peguei nas mãos dela, olhei no fundo de seus olhos com toda a sinceridade que alguém poderia ter.

       -Ok Lise, vou confiar em você. –Ela concordou.

       -Mas me prometa que nunca, nunca mais vai se cortar.

       - Eu.. eu.. –gaguejou- eu prometo.

       -Espero que cumpra. –E abracei ela. Molhando minha roupa de lágrimas que não são merecidas sair do olho.

  Levei ela pro quarto e dei um beijo na testa dela.

       -Agora sorria com sinceridade, porque um sorriso sincero vale mais que mil palavras. –Eu disse tentando animá-la.

       -Ok, mamãe! –Ela disse rindo e debochando de mim. –Eu te amo muito prima!

       - Eu também. –Sorri.

  Nos despedimos e eu fui para meu quarto tomar banho e escovar meus dentes, para depois me aconchegar na minha cama. O sono não chegava, já eram 3:00 da manhã, eu tentava dormir, fechava os olhos, mas nada. Eu fiquei pensando no problema de Anna, e ela disse do parque que havia logo na frente da casa, eu pensei que se eu ficasse lá lendo o meu livro, me passaria um pouco de paz; me arrumei sem fazer barulho, peguei meu casaco, coloquei uma calça jeans, e meu all star, peguei o livro e fui até o parque, afinal, era só atravessar a rua. Sai sem fazer barulho, atravessei a rua sem acordar o Richard, e sentei no banco; só eu, meu livro, e uma luz que iluminava o parque inteiro.

  “E ela sentiu um calafrio, e quando olhou no horizonte, ele estava lá; olhando para ela, bem nos olhos dela, sem desvios, fixados, era como se só houvesse ele e ela numa total escuridão, nada podia interromper aquele momento. Ele foi caminhando até ela, lentamente, a cada passo, um suspiro de emoções misturadas. Ele, na frente dela, aproxima-se lentamente, fecha seus olhos, e ela o acompanha, seus lábios estavam quase se tocando, quando ela ouve um tiro, abre rápido seus olhos, e quando vê, Daniel estava no chão, ele havia levado um tiro, ela se ajoelha perto dele, e começa a chorar, dizia que o amava, se sentia culpada por não ter demonstrado isso antes, mas agora, não havia mais tempo. Aquele momento se foi.” -(parte do livro inventado pela criadora)

  -Wow. Isso é que é um final de livro. Mal posso esperar pelo próximo. –Eu disse para mim mesma.

  E naquela hora, um vento passou ao ponto de balançar meus cabelos; eu tinha sentido alguma coisa estranha, parecia que alguém tinha passado a mão no meu pescoço, foi muito estranho. Nesta hora eu estava olhando para o lado oposto que corria o vento, afim de não entrar alguma coisa no meu olho. O vento passou, eu olhei para frente, e eu vi um menino vindo à minha direção, eu piscava meu olho para ver se aquilo era coisa da minha mente, mas ele continuava vindo, eu fiquei muito assustada com aquilo, não dava direito para ver o rosto dele, estava meio embaçado; mas parecia aquele menino que eu havia sonhado; eu esfreguei meus olhos e olhei de novo, ele não estava lá. Eu fiquei com medo, e resolvi voltar para casa, já era 5;00 da manhã. Eu fiquei lá, deitada na cama, me perguntando o que foi aquilo, acho que tinha ficado paranoica, aquilo não fazia sentido. Deitada na cama, acabei pegando no sono, dormi até umas 11:00 da manhã.

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